sábado, 12 de setembro de 2015

Uma revolução no futebol brasileiro depende de Flamengo e Fluminense. Se aceitarem disputar o Rio-São Paulo, matam a Liga Rio-Sul-Minas. Agora, se negarem, será o caos para a CBF de Marco Polo...

Uma revolução no futebol brasileiro depende de Flamengo e Fluminense. Se aceitarem disputar o Rio-São Paulo, matam a Liga Rio-Sul-Minas. Agora, se negarem, será o caos para a CBF de Marco Polo...




Estaduais: de 31/01 a 08/05 (19 datas). Libertadores: de 03/02 a 25/05 (pausa para Copa América) e 06/07 a 27/07. Copa Verde: 06/02 a 04/05. Copa do Nordeste: 14/02 a 01/05. Copa do Brasil: 16/03 a 25/05 e 06/07 a 30/11. Série A: 15/05 a 04/12. Série B: 14/05 a 26/11. Série C: 22/05 a 06/11. Série D: 29/05 a 02/10. Copa América Centenário: 08/06 a 26/06. Jogos Olímpicos (futebol): 03/08 a 21/08. Copa Sul-Americana: 17/8 a 7/12. Eliminatórias da Copa-2018: 14/03, 29/03, 02/09, 06/09, 07/10, 11/10, 11/11 e 15/11 Amistosos da Seleção Brasileira: 28/05 a 31/05. Basta que a pessoa tenha tido o privilégio de ter frequentado uma escola. E se alfabetizado. Com seu potencial de leitura vai perceber que este é o calendário do futebol neste país em 2016. Divulgado oficialmente pela CBF. No dia 26 de agosto. Ou seja, há 17 dias. Quem consegue juntar as letras em sílabas e transformá-las, no seu cérebro, em palavras vai perceber. Não há menção alguma à Copa Rio Mina-Sul. Muito menos ao torneio Rio-São Paulo. A CBF queria mostrar a sua força. Marco Polo del Nero acreditou que divulgando o calendário calaria os dirigentes de Flamengo e Fluminense. Querendo tirar a força de Rubens Lopes, presidente da Federação Carioca de Futebol, ligado umbilicalmente a Eurico Miranda, Eduardo Bandeira de Melo e Peter Siemsen se articularam. Fizeram um juramento de sangue depois do estadual de 2015. Boicotariam o Campeonato Carioca enquanto Rubens Lopes for presidente da Federação. Enviariam daqui para a frente equipes sub-20 ou sub-23 para disputar o torneio. Os times principais, com suas estrelas, ficariam guardados para outro torneio. E costuraram a criação da Liga Rio Minas-Sul. O objetivo primeiro é disputar um torneio de dez datas com Cruzeiro, Atlético Mineiro, Internacional, Grêmio, Coritiba, Atlético Paranaense, Criciúma e Figueirense. Chapecoense, Avaí e Joinville também fazem parte dos clubes filiados, mas não disputariam a competição em 2016. Teriam nova chance em 2017. A princípio, só há vagas para os dois clubes de cada federação. E será respeitado o Ranking Nacional de Clubes.

Santa Catarina está tão envolvida no projeto graças a Delfim de Pádua Peixoto Filho. Ele é o presidente da federação e vice mais velho da CBF. Pelo estatuto atual, se Marco Polo deixar o cargo, por qualquer motivo, é ele quem assume. Como aconteceu com Marin, quando Ricardo Teixeira teve de renunciar, por pressão da Polícia Federal. Delfim resolveu comprar a briga ao perceber que Marco Polo não o tem como grande aliado. E prefere fazer de Fernando Sarney, seu principal representante nos assuntos mais delicados da CBF. Também vice da CBF e filho do ex-presidente da República, José Sarney, Fernando tem feito as viagens internacionais que del Nero recusa sistematicamente. Por essa coincidência, Delfim tem dado todo o amparo político para a formação da Liga Rio Sul-Minas. Marco Polo não acreditou que os dirigentes teriam coragem de enfrentá-lo. Não depois da divulgação do calendário. Mas quase caiu de costas ao ver a foto dos presidentes sorridentes, confiantes. E até nomeando o comandante do Cruzeiro, Gilvan Tavares, como presidente da Liga. E exigindo a competição em 2016. São dez clubes da Série A batendo de frente com a CBF. Metade do Brasileiro. Mais do que provável embrião de uma liga independente. Inúmeros dirigentes já perceberam que podem organizar seus torneios. E deixar apenas a Seleção Brasileira para a CBF.

Perder poder é tudo o que Marco Polo não deseja. E tratou de contragolpear. De repente, ele se lembrou de uma velho pedido de cariocas e paulistas. Acena com o renascimento do torneio Rio-São Paulo. A disputa começou em 1933 e deu origem ao Campeonato Brasileiro. Foi deixado de lado em 2002 porque estava roubando a atenção dos estaduais. A desculpa foi "falta de datas". Por reunir os estados mais ricos do país, o sucesso financeiro e de audiência são garantidos. Muito mais interessantes do que os insignificantes estaduais, sempre defendidos por Marco Polo. Só que para sobreviver, vale tudo. O presidente da CBF está disposto a reduzir drasticamente, quase matar os estaduais. E criar o Rio-São Paulo. Vasco e Botafogo já aceitaram a ideia. Os quatro clubes grandes de São Paulo têm agido como Pôncio Pilatos. Lavam as mãos. Matreiros, seus presidentes acompanham a enorme briga para escolher o lado mais lucrativo. Marco Polo quer Flamengo e Fluminense no Rio-São Paulo. Sabe que se tirar os dois da Liga Rio-Sul-Minas, acabará com o perigo de uma liga independente. E, advogado inteligente, Del Nero sabe que tem a legislação esportiva do seu lado. Se a Federação Carioca não liberar, Flamengo e Fluminense não poderão disputar o novo torneio que desejam criar. A CBF teria de dar o seu aval a Rubens Lopes. E a Fifa também ficaria do lado da CBF. Flamengo e Fluminense seriam desfiliados, virariam clubes piratas. Não poderiam disputar qualquer campeonato. Como Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil...

Lógico que essa situação extrema não deverá acontecer. Marco Polo quer Flamengo e Fluminense alinhados com ele. Não é do confronto aberto, com direito a gritos, palavrões e ameaças, como Bandeira de Mello e Siemsen juram que ouviram de Rubens Lopes. A situação é grave. Está em jogo muito mais do que um simples torneio. Se a CBF cede à rebeldia de dez clubes que desejam impor um torneio que não estava no calendário, pode ser o início do seu fim do seu poder absolutista. Marco Polo quer implodir o movimento. E oferece a Flamengo e Fluminense a chance de jogar o Rio-São Paulo, ganhar um bom dinheiro e, no final das contas, desvalorizar o Carioca, algo que eles tanto desejam. Sim, o torneio do Rio de Janeiro, assim como o de São Paulo, seria enxuto. O cenário do futebol brasileiro pode mudar. Desde que os presidentes da Liga Rio-Sul-Minas, principalmente Flamengo e Fluminense, não voltem atrás. Dos quatro paulistas, o Corinthians é o clube mais tentado a aderir ao nascimento de uma liga independente. Pela inimizade mortal entre Andrés Sanchez e o atual presidente da CBF. Marco Polo percebe o que está acontecendo. E já está agindo nos bastidores. Tem ainda o apoio da Globo, que já foi muito maior, como na época da disputa da Copa do Mundo. Embora não pareça, o cenário está muito tumultuado. Os próximos dias podem ser históricos. Bastam que os dirigentes da Liga Rio-Sul-Minas não cedam. Exijam disputar o torneio que já criaram. E Flamengo e Fluminense rejeitem o Rio-São Paulo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 12 Sep 2015 07:20:13

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