sábado, 5 de setembro de 2015

Brasil sem Neymar é um time comum. Venceu amistoso nos Estados Unicos contra a fraca Costa Rica por 1 a 0, gol ilegal de Hulk. Preocupação só aumenta contra o Chile nas Eliminatórias...

Brasil sem Neymar é um time comum. Venceu amistoso nos Estados Unicos contra a fraca Costa Rica por 1 a 0, gol ilegal de Hulk. Preocupação só aumenta contra o Chile nas Eliminatórias...




Um gol ilegal de Hulk que valeu. Gol legítimo da Costa Rica, anulado. Gol legal de Douglas Costa anulado. O Brasil começou sua curta preparação para as Eliminatórias da Copa de 2018 de forma constrangedora. Vitória da Seleção de Dunga por 1 a 0. Foi a primeira partida depois do vexame da Copa América. A partida foi a demonstração de que há mesmo motivo para preocupação. O primeiro jogo, contra o Chile, será já no dia 8 de outubro, em Santiago. O desempenho não foi nada animador no esvaziado Red Bull Stadium. Nem a coletividade brasileira nos Estados Unidos quis ver o jogo. "O importante foi a vitória", teve a coragem de dizer Lucas, que entrou nos últimos minutos de jogo. O esquema tático de Dunga mostrou o trauma com a Copa América e, mais, mostrou como o Brasil atuará nas Eliminatórias sem o suspenso Neymar. Uma equipe mais compacta, marcadora, cujo principal objetivo era proteger a zaga. 4-5-1. Parecia que o Brasil iria enfrentar a Alemanha, a Holanda, a Argentina. Não a reformulada e limitada seleção costa-riquenha. A defesa está mais do que definida na cabeça de Dunga. Menos mal. Danilo, Miranda, David Luiz e Marcelo. A partir daí, dúvidas. Nos Estados Unidos, Fernandinho e Luiz Gustavo mais presos. Willian pela direita, Lucas Lima pelo meio e Douglas Costa pela esquerda. O trio atuava mais próximo do volante, não caracterizando um 4-2-3-1. Hulk atuava isolado na frente. Totalmente improvisado. Ele atua na Rússia pela direita. O lado esquerdo era o ponto forte do Brasil, com Marcelo, Lucas Lima e Douglas Costa. Os três trocavam passes, driblavam em velocidade, buscavam a linha de fundo, chutavam ao gol. Foi o que melhor o amistoso mostrou. Do lado direito, Danilo não apoiava. Willian, muita firula e pouca efetividade. Nem o gol marcado cedo, animou. Hulk foi lançado na velocidade. Deu uma peitada nas costas de González, o derruba e chuta na saída do goleiro Pemberton. 1 a 0. Lance completamente irregular. Mas o péssimo árbitro canadense, Mathieu Boudreau resolveu colaborar com Dunga. Sem Neymar, o time se mostrou burocrático, sem grandes lances de inspiração. Foi animadora a estreia de Lucas Lima. Enquanto teve fôlego, o santista imprimiu ritmo, demostrou precisão nos passes e lançamentos. Só que Dunga pediu e o Brasil atuou no primeiro tempo muito distante de Hulk. E apelou para a "ligação direta", ou seja, chutões de zagueiros e volantes em direção ao truculento atacante. Douglas Costa empolgado por suas atuações no Bayern, mostrava confiança. Tentava dribles, arrancadas, chutes. Mas sua correria só deixava claro o quanto os setores da Seleção estavam desunidos. A defesa e o meio de campo muito próximos. Mas Hulk mais isolado do que Dilma Rousseff. A Costa Rica era uma equipe de forte poder de marcação e mais nada. Não havia a mínima sicronia entre as roubadas de bola do seu meio de campo com a deslocação de seus atacantes. Havia muita lentidão, insegurança nos seus jogadores. Mesmo assim, Miranda e David Luiz deram alguns vacilos que poderiam comprometer o Brasil, desde que os adversários tivessem um pouco mais de técnica. Foi uma partida arrastada, desinteressante para o público. Dunga precisa aprimorar muita coisa. A começar pela marcação na saída de bola do adversário. O Brasil até que começou bem, com personalidade. Mas com o passar do tempo, os jogadores deixaram de cumprir suas ordens. O calor de 27 graus seria um boa desculpa para juniores, não para profissionais, jogadores da Seleção Brasileira. Cansaram e deram espaço para a Costa Rica sair de sua defesa com tranquilidade.

Aos 10 minutos do segundo tempo, Ureña dá ótimo passe para Bryan Ruiz, nas costas de David Luiz. O chute sai indefensável para Marcelo Grohe. Gol legal para a Costa Rica. Mas a arbitragem anulou marcando impedimento absurdo. O gol deu um susto em Dunga. Ele começou a fazer substituições que deixaram o Brasil mais forte, mais ágil. Kaká e Philippe Coutinho entraram nos lugares dos esgotados Hulk e Lucas Lima. A Seleção passava a não ter um atacante mais adiantado na frente. Era quase o esquema sonhado por Parreira no início da década, 5-5-0. Aos 29 minutos, Elias entrou no lugar de Fernandinho. E a bola começou a chegar com mais qualidade da defesa para o ataque. Hora de o Brasil também ter um gol anulado de forma irritante. Marcelo deu ótimo passe para Douglas Costa, o chute saiu forte, cruzado. Entrou, mas não valeu. Aos 33 minutos entrou Lucas no lugar de Willian. Rafael Alcântara entrou no lugar de Luiz Gustavo. E aos 35 minutos, o jogador que está suspenso das duas primeiras partidas das Eliminatórias. Mas por contrato tinha a obrigação de entrar em campo, para o Brasil receber sua cota integral. Neymar. Quando ele entrou, Miranda fez questão de lhe dar a tarja de capitão. Com a estrela do Barcelona em campo, sobrou mais espaço aos seus companheiros de ataque e do meio de campo. Foram bons os últimos minutos do Brasil. A equipe ficou diferente. Deveria ter marcado pelo menos mais um gol. Na parte final da partida ficou clara a dependência do Brasil de Neymar. E o quanto a CBF precisa mesmo implorar para o Comitê Arbitral da Fifa para tentar reduzir a pena do camisa 10 e capitão da Seleção. Terça-feira, partida mais difícil. Estados Unidos em Boston. O jogo de hoje marcou um ano do retorno de Dunga à Seleção. Ainda há muito o que melhorar até 2018. Infelizmente...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 05 Sep 2015 18:56:10

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