domingo, 6 de setembro de 2015

O Palmeiras foi melhor. Esteve três vezes na frente. Mas o Corinthians foi buscar na raça, no coração, e na sorte, o empate: 3 a 3. Resultado ótimo para o líder do líder do Brasileiro. Frustrante para os donos da casa...

O Palmeiras foi melhor. Esteve três vezes na frente. Mas o Corinthians foi buscar na raça, no coração, e na sorte, o empate: 3 a 3. Resultado ótimo para o líder do líder do Brasileiro. Frustrante para os donos da casa...




Palmeiras e Corinthians fizeram uma das partidas mais frenéticas neste Brasileiro. A emoção superou a técnica. Os palmeirenses foram melhor. estiveram na frente três vezes. Mas o líder do Brasileiro foi buscar. Com muita gana, coragem e sorte, o empate em 3 a 3. Vagner Love fez, sem querer, o gol que evitou a vitória do seu ex-time. Calou a arena palmeirense. O Corinthians segue disparado na liderança, com 50 pontos, cinco a mais do que o segundo, Atlético Mineiro. Já o Palmeiras se complicou. Despencou para sétimo lugar, com 35 pontos. Sua briga por uma vaga na Libertadores de 2016 não será fácil. A equipe segue instável. "Jogando fora de casa, o importante é somar pontos. Infelizmente, vacilamos em alguns lances que a gente treina, de bloqueio de cruzamentos. Gols que sofremos e não podemos sofrer. Temos consciência disso, mas foi bom porque somamos um ponto. Foi ótimo ter ajudado o meu time, o Corinthians", dizia Love, sem a menor saudade dos seus anos de Palmeiras. "Não podemos tomar esses gols bobos. Fizemos três em uma defesa tão sólida... Pela partida que fizemos, um gosto amargo, sim. Mas pecamos muito no momento de bola parada. Tem que definir mais a nossa marcação para não tomar esses gols bobos", desabafava Lucas. Foi o primeiro tempo mais frenético de todo o Brasileiro. De tirar o fôlego. Cinco gols. Mérito de treinamento, esperteza e falha das duas defesas. O Palmeiras era o mandante e precisava ganhar a partida para seguir na briga por uma das vagas na Libertadores. Marcelo Oliveira sabia ter como adversário o líder do Brasileiro. Graça ao imbecil calendário da CBF, Tite estava sem seu jogador fundamental, o que une o meio de campo com o ataque: Elias. O treinador apostou no menino Marciel, importante na vitória contra o Fluminense. E o treinador repetia o velho costume. Recuou a marcação do seu time na intermediária. Voltava a deixar a iniciativa com o adversário. Queria os contragolpes. Talvez por ter sido técnico palmeirense, apostava que a pressão da torcida atrapalharia.

Como já foi escrito nesse blog, Lucas Barrios não está bem fisicamente. Sentiu dores musculares na manhã e ficou fora do clássico. Escalou Alecsandro. E tirou Egídio, em péssima fase, e colocou o quarentão Zé Roberto. Menos agudo, mas versátil. Capaz de tocar bem a bola no meio de campo. Com a iniciativa, o Palmeiras apostava na compactação do time, na velocidade das jogadas pelos lados do campo. E na bola aérea. Estratégia muito parecida com a que utilizava no Cruzeiro bicampeão brasileiro. A sorte sorriu para os palmeirenses aos 18 minutos. O lateral desceu em velocidade e foi cruzar. A bola desviou em Guilherme Arana, subiu e encobriu Cássio. Palmeiras 1 a 0. O Corinthians reagiu quase que imediatamente. Em um contragolpe bem articulado, treinado. Malcom serviu para o Guilherme Arana livre, aberto como ponta esquerda. Ele invadiu a área e tocou com convicção na saída de Fernando Prass. 1 a 1, aos 24 minutos. Só que ninguém tinha tempo sequer para comemorar. Lucas, um dos melhores da partida, acertou cruzamento perfeito, na cabeça de Robinho. 2 a 1, Palmeiras, aos 26 minutos. Tite adiantou sua marcação. E começou a complicar o Palmeiras. Até hoje, Marcelo Oliveira deve chorar de saudades do contundido Gabriel. Ninguém marca tão bem no elenco como ele. Amaral tentava acompanhar Renato Augusto. O meia abria para a ponta esquerda e o volante o seguia, deixando o meio aberto. Desgastando o fisicamente frágil Robinho. Fernando Prass já havia feito uma defesa sensacional em grande jogada de Renato Augusto. O Corinthians envolveu o Palmeiras até empatar. O gol veio em uma jogada ensaiada. Em falta muito bem cobrada, Marciel desviou de cabeça, o goleiro espalmou. Vagner Love chegava para empurrar para as redes. Amaral precipitado chutou com o pé direito e a bola bateu no pé esquerdo. Entrou. 2 a 2, aos 37 minutos. Mas ainda haveria tempo para mais emoção. Não é por acaso que o Palmeiras é o time que mais marcou gols de cabeça no Brasileiro. Alecsandro usou o corpo e ganhou fácil de Vagner Love e desviou escanteio e Dudu empurrou de testa para as redes de Cássio. 3 a 2, Palmeiras, aos 41 minutos. Os jogadores do Corinthians reclamaram de falta. O lance foi duvidoso. No intervalo, Tite escolheu a vivência de Cristian e tirou Marciel do jogo. Marcelo Oliveira pediu para o seu time continuar forçando, buscando marcar o quarto gol e decidir a partida. E continuou se impondo no meio de campo. Mas pecava na hora das conclusões. Zé Roberto teve uma chance preciosa e a desperdiçou. Chutou para fora. Definiria o jogo. Gabriel Jesus foi muito bem marcado. Por setor. Se mostrou precipitado, não conseguiu fugir da pressão do clássico. Faltaram sangue frio e experiência em lances importantes para o garoto de 18 anos.

Mesmo perdendo, o Corinthians tinha suas maiores chances em contragolpes. E bolas cruzadas na área. E foi assim que conseguiu encontrar o empate. De maneira inusitada, sem querer. Felipe cabeceava mal a bola levantada, mas ela tocou na cabeça de Vagner Love e foi para o fundo do gol palmeirense. 3 a 3, aos 33 minutos do segundo tempo. Os dois times cansados, não se arriscaram. E se deram por satisfeitos com o empate no emocionante clássico. O do primeiro tempo mais frenético neste Brasileiro. O Palmeiras foi melhor. O Corinthians teve alma, vibração e conseguiu o empate. O resultado foi bom para o time de Tite. E não agradou a instável equipe de Marcelo Oliveira...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 06 Sep 2015 18:01:00

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