quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Internacional acaba com invencibilidade do líder Corinthians. Venceu de virada, 2 a 1. Tite errou feio. Colocou o lento e destro Edílson na lateral esquerda. Transformou Paulão em Garrincha...

Internacional acaba com invencibilidade do líder Corinthians. Venceu de virada, 2 a 1. Tite errou feio. Colocou o lento e destro Edílson na lateral esquerda. Transformou Paulão em Garrincha...




O Internacional foi o retrato de seu treinador, Argel. Jogou com simplicidade, mas muita garra, gana, intensidade. Abafou e ganhou do líder do Brasileiro, o Corinthians por 2 a 1. A vitória gaúcha acabou com a série de invencibilidade de 17 jogos do time de Tite. Foi também a primeira virada que o time tomou no Brasileiro. Se conseguissem ao menos empatar no Beira-Rio, os corintianos igualariam recorde sem perder de Atlético Paranaense em 2004 e São Paulo em 2008. Não conseguiram. Tite pagou caro o erro de improvisar Edílson na lateral esquerda, no lugar de Uendel contundido. Ele já é lento na direita, atuando torto, foi vítima fácil demais para o zagueiro Paulão. Depois de uma meia lua incrível, cruzou para Valdivia fazer o gol decisivo. "Erramos no primeiro gol em que o jogador conseguiu antecipar... Erros que comprometeram, mas não dá para falar fulano ou ciclano errou. Quando ganha, ganha todo mundo, quando perde, perde todo mundo. Erramos e perdemos. Saimos ganhando, eles acabaram virando e saímos derrotados. Tem muita coisa pela frente. Tem que ver como está o outro time, felizmente o Atlético Mineiro perdeu e estamos com a vantagem", dizia Cássio, buscando consolo. Internacional de Argel entrou no Beira Rio disposto a se impor. Utilizando principalmente a velocidade, as jogadas da linha de fundo para buscar os gols. O Corinthians foi montado para explorar os contragolpes. Tite sabia que o rival precisava vencer se quisesse continuar sonhando ao menos com uma vaga na Libertadores.

Logo a um minuto, houve pênalti para o Internacional. Alex deixou Ernando livre pela esquerda, às costas de Fagner. O cruzamento chegou a Valdivia. Ele chutou e Uendel cortou com a mão. Lance claro que o árbitro baiano Jailson Macedo Freitas não marcou. A jogada que teria importância fundamental no jogo foi a dividida forte entre Alex e Uendel. Aos 13 minutos, o Corinthians perdeu seu lateral, contundido. Para falta de sorte de Tite, ele não tinha no banco Guilherme Arana, também machucado. Entre Igor e Edílson, o técnico corintiano mostrou falta de visão ao optar por improvisar o lateral direito. Ele já é lento pela direita, facilmente batido nas jogadas de quem busca a linha de fundo. Característica que todos sabiam do lado do Internacional. Aos poucos, o Corinthians começou a se respirar. Renato Augusto e Jadson mostravam muita movimentação e com o apoio de Elias, dominava o meio de campo gaúcho, com três volantes. Os paulistas tocavam a bola em velocidade, atrapalhando o planejamento de Argel. Não era possível pressionar, encurralar o líder do Brasileiro na defesa. E aos 18 minutos, a bola sobrou para Malcom da entrada da área. O chute não saiu tão forte, mas a bola desviou em Paulão e enganou o goleiro Alisson. Corinthians 1 a 0. O gol foi um baque para Argel. Acabou sendo o primeiro gol que o Inter tomou no Beira Rio desde quando virou técnico. Estava claro que ele iria tomar alguma atitude. Foi mais corajoso do que se esperava. Aos 30 minutos, ele tirou o volante Wellington e colocou o atacante Lisandro Lopez. O Inter passava a atuar no 4-3-3. Mudança corajosa, de técnico que deseja ganhar. Enquanto Wellington mostrava uma irritação infantil por ter sido substituído, o time gaúcho cresceu muito. E rápido. Com muita disposição e sorte, o Internacional empatou. Em uma jogada fácil de ser marcada. Um escanteio. Valdivia cobrou escanteio, Vitinho se afastou de Edilson e cabeceou. A bola bateu no próprio lateral e se ofereceu para Réver. O zagueiro, livre, só empurrou para as redes de Cássio. 1 a 1.

Dois minutos depois, depois de uma troca de bola impressionante, Vagner Love driblou Réver e ficou cara a cara com Alisson. Precipitado como um juvenil, chutou em cima do goleiro. Pouco antes de terminar o primeiro tempo, Renato Augusto da entrada da área, bateu e a bola raspou a trave. Elias ainda deixaria Fagner livre na grande área colorada, mas Alisson salvou. Se a primeira etapa foi empolgante, a segunda não ficaria atrás. O Internacional queria vencer. Argel adiantou a marcação na intermediária paulista. Só que os agudos contragolpes do Corinthians levavam muito perigo. A partida seguiu tensa, imprevisível. Até que aos 28 minutos, Paulão estava livre na direita. Diante dele, Edílson. A lentidão do corintiano improvisado era para ser usada pelos jogadores colorados. A orientação era de Argel. Mas o próprio treinador não esperava que o jogador que iria ouvir seu conselho seria seu zagueiro. Apesar do físico de lutador de MMA, Paulão pareceu Garrincha. Deu uma meia-lua, um drible da vaca. Tocou a bola de um lado de Edílson e correu para pegar do outro e cruzar. A bola chegou perfeita para Valdivia virar o jogo. 2 a 1, Internacional. Perdendo, Tite adiantou de vez Elias, Renato Augusto e Jadson. Cristian, de ótimo chute da entrada da área, entrou no lugar de Ralf. Queria o empate. Foi a vez de Argel se defender. Colocou o volante Silva no lugar de Valdivia. E com muita garra, o Internacional conseguiu segurar a vitória importantíssima. Os gaúchos quebraram a invencibilidade corintiana e ainda estão a um ponto do G4. Com todos os méritos. E ainda devolveram a provocação do primeiro turno, no twitter. Para alívio de Tite, o Santos goleou o Atlético Mineiro por 4 a 0. Saber do resultado foi a única alegria do técnico corintiano na noite...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 17 Sep 2015 01:55:50

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