terça-feira, 8 de setembro de 2015

Flamengo desmoralizou os péssimos juízes brasileiros, a Comissão de Arbitragem, a CBF. Fortaleceu a aliança com o Fluminense. E ainda se mostrou pronto para a briga pela Copa Sul-Minas...

Flamengo desmoralizou os péssimos juízes brasileiros, a Comissão de Arbitragem, a CBF. Fortaleceu a aliança com o Fluminense. E ainda se mostrou pronto para a briga pela Copa Sul-Minas...



O Clube de Regatas do Flamengo vem reiterar seu total descontentamento e repúdio a respeito da arbitragem nos jogos do Campeonato Brasileiro de 2015. No último final de semana, mais uma vez os torcedores presenciaram uma série de equívocos que mancham o espetáculo do futebol. Neste domingo (6.09), a arbitragem atrapalhou o sucesso do Fla-Flu, o clássico mais charmoso do Brasil. Lamentamos os critérios e os erros que influenciaram diretamente no número de cartões amarelos anotados e na ausência de marcação de um toque de mão no primeiro gol rubro-negro. O Clube de Regatas do Flamengo ratifica sua posição contrária aos equívocos dos árbitros que têm sido tão comuns no Brasileiro.
Posição que marcamos não apenas nos momentos em que somos prejudicados, mas, igualmente, também quando somos favorecidos de qualquer forma. Sobre o clássico, vale ainda enfatizar que a arbitragem influenciou o resultado dos dois Fla-Flus deste Brasileiro: o do turno (em uma marcação de pênalti inexistente, inversões de faltas e uma expulsão controversa) e o do returno. Amplamente visto pela sociedade, imprensa e autoridades como uma instituição transparente e que cumpre com todas as suas obrigações, o Clube de Regatas do Flamengo compreende que toda atividade exercida por homens e mulheres está sujeita a erros. Mas, novamente, não acreditamos que a ocorrência de tais erros venha a diminuir sem que alguma ação concreta seja tomada pela Confederação Brasileira de Futebol e pela Comissão Nacional de Arbitragem, de quem cobramos uma maior atenção à imparcialidade e à credibilidade do futebol brasileiro, outrora o mais admirado do mundo. Clube de Regatas do Flamengo
Em nota oficial, o Flamengo fez história ontem. Repudiou o erro absurdo do árbitro Ricardo Marques Ribeiro. Ele não viu o malandro toque de Wallace que ajeitou a bola para o gol de Sheik, o primeiro na vitória do time rubro negro contra o Fluminense por 3 a 1. Sair atrás em um clássico, graças a um lance irregular desestabiliza qualquer equipe. A postura da direção flamenguista foi muito mais digna do que a do seu jogador. Perguntado sobre o evidente tapa que deu na bola, Wallace teve a coragem de negar. "Não achei. Sinceramente, não lembro. Fiz o gesto de cabeceio. Se bateu na mão, foi imperceptível." Depois da partida, diante do constrangimento das imagens, ele admitiu, para não passar por insano. "Vou ser sincero, não senti a bola tocar na minha mão. Agora eu vi no vídeo que realmente pegou. Mas foi quase que de forma imperceptível. Estava ali no calor, fiz um gesto para tentar cabecear a bola, acabou tocando, mas acontece. Infelizmente a gente lamenta o erro da arbitragem." Só que Eduardo Bandeira de Mello não quis lamentar apenas mais este erro crasso. Sua intenção na nota oficial que mandou ser publicada no site foi desmoralizar. Não só a Comissão de Arbitragem, mas a própria CBF. "Em 23 rodadas do Brasileiro, chegamos ao segundo erro de arbitragem a favor do Flamengo. O outro foi no jogo do Internacional (vitória por 2 a 1). O Canteros estava em impedimento quando deu o passe para o Guerrero. Isso nos leva a crer que lá pela 35ª, 36ª rodada aconteça outro erro a nosso favor", ironizou Bandeira.

Bandeira de Mello foi muito inteligente com a divulgação da nota. Primeiro ele manteve a sua aliança com Peter Siemsen. O flamenguista não quis tripudiar a vitória diante do rival histórico. Porque ele quer o Fluminense ao seu lado na missão de enfrentar a Federação Carioca. E ambos lutarem, até na justiça, se for preciso, para disputar a Copa Sul-Minas. Reservando equipes sub-23 para o torneio estadual. Os dois dirigentes acreditam que a influência de Eurico Miranda junto a Rubens Lopes é grande demais. O presidente flamenguista só aumentou a união com Siemsen. A nota oficial foi muito bem recebida nas Laranjeiras. O segundo objetivo foi atingir Sérgio Correa. Bandeira de Mello defende a troca do comando da arbitragem no Brasil há muito tempo. Vem protestando veementemente diante dos erros contra o Flamengo há muito tempo. Mas percebeu no tapa de Wallace a chance de, mesmo favorecido, mostrar ao Brasil o quanto são fracos e despreparados os árbitros nacionais. Todos escolhidos, orientados, treinados, preparados por Sérgio Correa.

Bandeira de Mello sabe que manter Correa é uma questão de honra para Marco Polo del Nero. O dirigente acredita que, se trocá-lo, estará mostrando fraqueza. E o trata como um dos seus funcionários favoritos. Mesmo diante do acúmulo de falhas lastimáveis que já comprometeram o Brasileiro de 2015. O presidente flamenguista quis ajudar a desestabilizar, enfraquecer Marco Polo. Porque a cúpula do clube da Gávea não se conformou com a Copa Sul-Minas não estar no calendário oficial de 2016. Promete pressionar, brigar se for necessário com a CBF. Quer jogar o torneio no início do próximo ano com Fluminense, Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Coritiba, Figueirense, Criciúma. Já houve reuniões e os dirigentes dos clubes seguem trocando telefonemas, dispostos a organizar o torneio de qualquer maneira. Bandeira de Mello espera ainda hoje o afastamento de Ricardo Marques Ribeiro. Mas a princípio, a Comissão de Arbitragem tenta não tomar a medida. Para não desmoralizar ainda mais os juízes que apitam o Brasileiro. Na semana passada, seis foram punidos. Terão de passar por um período de reciclagem. Foram afastados os auxiliares Elan Vieira e Marlon Rafael, que trabalharam na vitória do Atlético-PR por 1 a 0 diante do Atlético-MG, o bandeira Bruno César e o árbitro Emerson Sobral, de Ponte Preta 1 x 2 Cruzeiro, o auxiliar Fábio Pereira, que atuou na vitória do Corinthians por 2 a 0 em cima do Fluminense, e o bandeirinha Marcelo Barison, de Goiás 1 x 0 Palmeiras. A postura do Flamengo foi digna. A direção do clube mostrou ao Brasil que não aceita os erros e demonstrou o quanto acredita ser baixo o nível dos árbitros por aqui. Mas seu ataque tinha outras intenções. E elas foram atingidas plenamente. Bandeira de Mello conseguiu uma jogada de mestre. Histórica. E com consequências importantes para o Flamengo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 08 Sep 2015 07:25:00

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