quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Ajuda ao Corinthians faz com que Atlético Mineiro e Fluminense queiram derrubar a cúpula da arbitragem. Tanta confusão no Brasileiro, em plena CPI, é excelente para Marco Polo del Nero...

Ajuda ao Corinthians faz com que Atlético Mineiro e Fluminense queiram derrubar a cúpula da arbitragem. Tanta confusão no Brasileiro, em plena CPI, é excelente para Marco Polo del Nero...




"Corinthians, Corinthians, Corinthians." Esse foi o dramático coro da torcida do Atlético Mineiro após a derrota para o Atlético Paranaense. Era pura ironia diante dos inadmissíveis erros da arbitragem no Independência. "Sérgio Corrêa, infelizmente você tem camisa. Marcelo de Lima Henrique, você é um vagabundo e ladrão. Fomos Campeões da Libertadores porque tiramos esses ratos das nossas vidas." Esses foram as mensagens que o ex-presidente Alexandre Kalil colocou no seu twitter. Acusou de forma direta. Escreveu que o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF "tem camisa" e ela não é listrada branco e preto. Reservou ao árbitro de Atlético Mineiro e Atlético Paranaense as definições que podem custam um belo processo: "vagabundo e ladrão". "Eu vou pedir perdão para vocês da imprensa, porque até vocês vão ser prejudicados, que hoje ninguém vai falar, só eu. A mordaça do futebol já está vista. Já tem três jogadores indiciados, porque são erros atrás de erros e ninguém pode falar nada, o treinador não pode falar nada. Então, se tiver que suspender alguém, vão suspender o presidente. O senhor Sérgio (Côrrea, presidente da comissão de arbitragem) não tem condições de pisar amanhã na CBF. "Ele tem que ser afastado agora, porque ele não vai conseguir acabar com o futebol. Não adianta ficar presidente de clube toda semana tentando moralizar e ajudar a Confederação Brasileira de Futebol, sem que esse senhor, que já reconheceu que os erros estão acontecendo, dentro do seu cargo, que é impossível de ser tocado, já passou o prazo de coincidência e limite de erros. O senhor Sérgio não pode entrar na CBF amanhã."

O desabafo do presidente do Atlético Mineiro, Daniel Nepomuceno, após a derrota que afastou o Atlético Mineiro sete pontos do líder Corinthians. Com direito a pênalti inexistente de Victor em Ewandro, dois impedimentos inexistentes com clara chances de gols para o time mineiro. Fora a estranha expulsão de Marcos Rocha aos 48 minutos do primeiro tempo. O juiz Marcelo de Lima Henrique escreveu os pecados que cometeu. Gesticulou. E gritou "pô, foi falta". O árbitro ainda citou que copos de água e um tênis foram arremessados ao gramado. O clube deverá ser punido e impedido de atuar em Belo Horizonte. "A arbitragem vem sendo muito tendenciosa contra o Atlético Mineiro. Além do pênalti, a expulsão e impedimentos inexistentes quando a gente estava na cara do gol", desabafou Thiago Ribeiro. Victor foi mais direto. Deixou claro que "não vê igualdade de condições na competição". Ou seja, algum clube está sendo favorecido. E outro prejudicado. "O sentimento que temos é o mesmo do torcedor, de indignação, tristeza. Não vejo igualdade de condições na competição. A expulsão do Marcos Rocha foi injusta. A expulsão se iniciou em um lance em que o Marcos sofreu uma falta que o árbitro não deu. Na sequência, achei que foi um pouco de abuso de autoridade. O Atlético-PR fazendo ante jogo, simulando situações... Isso acaba deixando a gente aborrecido, triste. Perdemos não por mérito do adversário e sim, por erros de arbitragem. "No futebol, nem todo contato é falta. A partir do momento em que vi que não chegaria na bola, eu parei no lance, travei a minha corrida. Ele acabou se jogando, o juiz entendeu como pênalti, mas a jogada ali não tinha mais sequência nenhuma. A bola já tinha saído. Na minha maneira de ver, evitei o choque com o atacante e ele se jogou em cima de mim. Foi a gota d’água."

O Atlético Mineiro vai protestar oficialmente na CBF contra a danosa arbitragem de ontem no Independência. Vai cobrar erros que, na visão da diretoria, estão desequilibrando o Brasileiro. Reclamando que está sendo impedido de brigar pelo título, o clube deixa de forma subentendida que o concorrente tem seu trabalho facilitado. No caso o Corinthians. Há vários lances envolvendo os dois clubes que estão na ponta da língua dos dirigentes atleticanos. E justo quando a briga entre mineiros e paulistas começou a se intensificar. Contra o Grêmio, na penúltima rodada do primeiro turno, Erazo cometeu pênalti em Leonardo Silva. Não foi marcado. Há também um muito mais discreto, de Thiago Silva em Galhardo, que é esquecido pela cúpula atleticana. Os gaúchos venceram a partida por 2 a 0. Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa/PA) era o juiz. Na rodada seguinte, há sim motivo para revolta. Na derrota para a Chapecoense por 2 a 1, Apodi levou a bola com o braço no gol que decidiu a partida aos catarinenses. Marcos Andre Gomes da Penha (ES) foi o árbitro. E a partida de ontem, com direito a pênalti inexistente, dois impedimentos absurdos marcados e a expulsão por um jogador gritar "Pô, não foi falta".

Do lado dos paulistas, há o pênalti claro que Leandro Vuaden não marcou para o São Paulo. Uendel evitou a derrota corintiana defendendo com o braço esquerdo chute de Wesley que daria a vitória aos comandados de Osório. Isso aconteceu na 17ª rodada. No jogo seguinte, Luiz Flávio de Oliveira, árbitro paulista, marca pênalti quando Rithely, do Sport, tenta cortar cruzamento de Guilherme Arana com um carrinho. O jogo estava 3 a 3. A bola toca no seu braço. Estranhamente, o mesmo árbitro mudou seu critério. Cruzeiro e Flamengo jogavam e Alecsandro cruzou e Pará, tentou dar um carrinho, e a bola tocou no seu braço. Em Belo Horizonte nada foi marcado. Mas no Itaquerão... O lance decidiu a vitória corintiana por 4 a 2. Depois, Avaí e Corinthians. O time de Tite venceria por 2 a 1. Mas quando o jogo estava 1 a 1, houve um gol legal do time de Santa Catarina anulado. Jeci fez o gol. Mas a auxiliar Nadine Schramm Camara Bastos (Fifa-SC) anulou. Anderson Daronco (RS) confirmou a anulação errônea. E ontem houve o gol de Cícero. O experiente jogador não poupou na sua análise do lance. "Não foi erro normal. O jogador vem três metros atrás e ainda assim é marcado impedimento. Não acreditei. Foi um erro grotesco. Não tem como errar. Se fossem milímetros, centímetros seria compreensível. Mas três metros não tem como errar..."

Por coincidência, o bandeira que anulou o gol legítimo, Fabio Pereira (Fifa-TO), já teve problemas com o Atlético Mineiro. Na fina do Campeonato Mineiro de 2014. Após Fábio anular gol legítimo de Jô, Kalil não deixou por menos. "Tem que parar de promover o bandeira do Tocantins em cima do Atlético. Com tanto bandeira livre pelo Brasil vão por um bandeira do Tocantins? Nós vamos falar em agropecuária, em agronegócio, Tocantins humilha Minas Gerais. Mas vamos falar de futebol, não dá pra falar do Tocantins, né? "Se eu botar numa final 50 bandeiras desocupados no Rio de Janeiro, 75 em São Paulo, 250 no Rio Grande do Sul, botar um bandeira para bandeirar uma final de Campeonato Mineiro com um campeão brasileiro contra o campeão da Libertadores da América, um cara de Tocantins, esse cara tá de sacanagem comigo, só isso." "Sacanagem" foi a palavra usada por outro dirigente, ontem. "O que aconteceu no jogo (contra o Corinthians) é inaceitável. Uma sacanagem com o Fluminense. O campeonato perde a graça e o futebol brasileiro fica desacreditado. É hora de uma mudança no comando da arbitragem brasileira." Esta foi a postagem no twitter do presidente do Fluminense, Peter Siemsen. Está claro que o Atlético Mineiro não estará sozinho nesta reclamação. O presidente da CBF, Marco Polo del Nero assegura desde que começou o Brasileiro. Não mandará embora Sérgio Corrêa. Jurou, independente de onde venham os protestos.
Nos bastidores, conselheiros e dirigentes corintianos dizem que não há motivo para a CBF ajudar o clube. Marco Polo é inimigo mortal de Andrés Sanchez. Só que também há o outro lado da questão. Os erros, as discussões sobre favorecimento ou não ao Corinthians, desviam o foco da CPI do Futebol. Hoje, por exemplo, em Brasília haverá o depoimento do jornalista escocês Andrew Jennings acredita que há indícios de corrupção na CBF. Suas palavras teriam um peso muito maior, sua repercussão, alcance seriam imensos. Mas os erros envolvendo o líder Corinthians tira o foco da CPI. O que é excelente para Marco Polo del Nero...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 03 Sep 2015 11:37:53

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