domingo, 27 de setembro de 2015

Aos 47 minutos do segundo tempo, Rogério Ceni sabota o São Paulo. Age como um juvenil. E oferece o injusto empate ao Palmeiras. E tira seu próprio time do G4....

Aos 47 minutos do segundo tempo, Rogério Ceni sabota o São Paulo. Age como um juvenil. E oferece o injusto empate ao Palmeiras. E tira seu próprio time do G4....




Rogério Ceni sabotou o São Paulo. Eram 47 minutos do segundo tempo. O time de Osório vencia o Palmeiras por 1 a 0. A bola foi recuada para o goleiro de 42 anos. Em vez de chutar logo para a frente, demorou para despachar. Agiu como um juvenil. Deu tempo para Alecsandro travá-lo. A bola sobrou para Robinho. O palmeirense repetiu o que já havia feito no Campeonato Paulista. E o encobriu com maestria 1 a 1. O lance tirou o São Paulo do G4. E manteve os palmeirenses. Ainda há mais o que reclamar. O árbitro Anderson Daronco. Ele não vou Fernando Prass cortando com a mão fora da área lançamento para Rogério, o Neymar do sertão. O juiz considerou o lance dentro da área. Errou feio. Poderia ter marcado falta e ainda expulsado o goleiro do Palmeiras. O resultado foi completamente injusto. O São Paulo foi melhor do primeiro minuto. Até os 48... ""Temos um estilo de jogo. Tentei jogar a bola pela lateral, mas a bola raspou no pé dele (Alecsandro), demos azar", tentava explicar Rogério, sem assumir a falha. "Ainda bem que houve esse lance. Jogamos muito mal. Não conseguimos marcar o São Paulo. O empate foi excelente diante do que não conseguimos fazer em campo", reconhecia Robinho. Enquanto isso, Rodrigo Caio chorava muito, lamentando a vitória ter escapado... Os jogadores do São Paulo entraram na partida para jogar por Osório. Sabiam que seu treinador está com um pé fora do clube. Perto de acertar com o México. E trataram de tentar presenteá-lo com uma importantíssima vitória no clássico. O treinador escalou seu time de maneira ofensiva, aberta, buscando os três pontos. O colombiano sonhava com um tapa de luva de pelica em Carlos Miguel Aidar e Gilberto Ataíde Guerreiro. Os dois que o enganaram e em quem não confia. O treinador não encontrou a paz, a infraestrutura prometida. E sim um clube mergulhado em grande crise econômica, com direito a desmanche. E internamente rachado, entre Aidar e Juvenal. Ele teve tudo menos tranquilidade para trabalhar. Cansado, ele está disposto a ir para o México. Tanto que agendou uma reunião com representantes da seleção da América do Norte na quinta-feira. Seu sonho seria vencer o Palmeiras, deixar o time no G4 no Brasileiro. Confirma a vaga na semifinal da Copa do Brasil contra o Vasco, quarta-feira. E quinta se acertar com os mexicanos. Como seu contrato não tem multa. Tudo seria ótimo para o seu orgulho ferido. Foi assim que colocou o São Paulo para imprensar o rival na defesa. A marcação forte na intermediária palmeirense fez do seu time, o "senhor" da partida. O time se impunha principalmente pelas atuações de Carlinhos e Thiago Mendes. Eles fizeram um trabalho incrível nas intermediárias. Carlinhos se desdobrava como volante, meia e lateral. E Thiago Mendes não só roubava a bola. Ele era responsável pela saída rápida, ágil, letal do São Paulo. Osório colocou Ganso mais à frente. Para servir Pato e Rogério, o Neymar do Sertão. Foram ótimas escolhas. Contra a velocidade do rival, o encolhido Palmeiras de Marcelo Oliveira sofria. E muito. A recomposição era lenta. O São Paulo foi criando e desperdiçando chances de gol. Mas aos 12 minutos, um lance que prejudicou muito o São Paulo. Rogério foi lançamento, Fernando Prass deu um tapa na bola fora da área. A regra indica falta e até cartão vermelho, por impedir chance iminente de gol. Erro que, além do lance perigoso a favor do time de Osório, tiraria um atleta palmeirense.

A pressão são paulina continuou todo o primeiro tempo. Fernando Prass, garantiu o 0 a 0. Robinho, em uma demonstração que o destino estava para aprontar, cabeceou no travessão, na única chance do encolhido Palmeiras. Aos 47 minutos, Daronco voltaria a errar. Parou um ataque do Palmeiras para dar cartão amarelo para Mateus Reis em Gabriel Jesus. A bola sobrava para Rafael Marques, livre, diante de Rogério Ceni. No segundo tempo, o São Paulo seguia melhor. Em cinco minutos, Pato, que fez péssima partida, e Rogério desperdiçaram duas ótimas chances. O Palmeiras seguia irreconhecível. Montado como time pequeno. Quando se arriscava no ataque, deixava muito espaço para contragolpes. O gol do São Paulo nasceu de uma bobeada incrível de Gabriel Jesus. Embora seja um jogador muito promissor, estava sem um pingo de humildade e muita pose no clássico. Ao não se esforçar para proteger bola que parecia ir para a linha de fundo, não percebeu a chegada de Thiago Mendes. O volante do São Paulo não só não a deixou sair para escanteio. Como puxou contragolpe. E fez ótimo passe para Ganso. O meia deixou Carlinhos de frente ao gol palmeirense. Bastou cortar Lucas e bater forte, de pé direito, indefensável para Fernando Prass. Osório queria vencer o jogo. E pediu para seus jogadores diminuírem o ritmo. Tocar a bola com mais lentidão. O São Paulo passou a atuar mais compactado, junto. Sem dar espaço ao Palmeiras. Marcelo Oliveira abriu mais sua equipe. Buscava o empate, mas sem inspiração, sem o tradicional toque de bola. Sua equipe viveu muito de chutões, ligações diretas de time que não tem meia de campo confiável.

A partida caminhava para a vitória do São Paulo. Até que aos 47 minutos, Carlinhos resolveu recuar a bola para Rogério Ceni... O veterano goleiro agiu como um juvenil. Deu chance para o bote de Alecsandro. O palmeirense desviu o chute para a frente. A bola, caprichosa, caiu nos pés de Robinho. Assim como fez no Campeonato Paulista, em março, ele encobriu o maior ídolo da história do São Paulo. Marcou um golaço. Injusto. Mas golaço. Depois, desabafou. "Só sei que estou feliz demais e meu filho deve estar ainda mais feliz do que eu. É um gol importante. Este foi um dos últimos jogos do Rogério contra o Palmeiras, pude fazer um gol desses e ficar mais uma vez na história dele, mesmo que na parte negativa. E respeitando muito, porque é um ídolo do futebol brasileiro. Mas fico feliz por estarmos no G4. "Falam que não tenho talento, que só corro. Mas eu não ligo para isso. Quando vi que o Rafa [Marques] apertou o zagueiro e ele não recuou muito bem para o Rogério, vi o Alecsandro pressionado e fui feliz porque a bola sobrou no meu pé. Tive tranquilidade para dominar e acertar o gol. Achei até que o Rodrigo Caio ia colocar a mão e fazer o pênalti. Não fez. Foi melhor. A bola entrou e estamos entre os quatro primeiros do Brasileiro. Sinto muito pelo Rogério Ceni. Mas tenho de pensar no Palmeiras." Os jogadores do São Paulo e Osório lamentavam demais a má sorte. Ceder o empate aos 47 minutos. Mas ninguém teve coragem de reclamar diretamente de Ceni. Seu constrangimento, sua dor já eram comoventes. Mais do que ninguém, ele sabia a bobagem que cometeu...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 27 Sep 2015 18:16:13

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