terça-feira, 1 de setembro de 2015

O Cruzeiro finalmente se livrou do decadente Vanderlei Luxemburgo. Sua oitava demissão consecutiva. Quem será o próximo ingênuo a acreditar nos fracassados projetos do 'professor'?

O Cruzeiro finalmente se livrou do decadente Vanderlei Luxemburgo. Sua oitava demissão consecutiva. Quem será o próximo ingênuo a acreditar nos fracassados projetos do 'professor'?




Desde 2004 nunca mais ganhou títulos nacionais. Venceu quatro insignificantes estaduais até 2010. Desde então são cinco anos sem uma mísera conquista. Em compensação é o campeão brasileiro entre os "treinadores da elite" em um quesito: demissão. É o oitavo clube seguido que o dispensa. Apenas 19 partidas e dez derrotas deixaram claro a Gilvan Tavares. Foi uma enorme bobagem contratar Vanderlei Luxemburgo. O mandou embora sem a menor dor na consciência. Nas explicações que deu, só faltou pedir desculpas para a torcida do Cruzeiro da heresia que cometeu. Despachou o bicampeão brasileiro Marcelo Oliveira para contratar o ultrapassado técnico. O Cruzeiro foi um arremedo de time. Em campo, um bando de jogadores desordenados, sem estratégia definida. Uma equipe de dar pena. Principalmente comparada a que foi bicampeã deste país. Gilvan Tavares acabou sendo mais um presidente a se deixar enganar com o famigerado projeto. Vanderlei tem um modus operandi que virou sua marca registrada. Chega a um clube combalido, geralmente depois de derrotas importantes, e promete uma revolução. Anima os jogadores, os faz acreditar que é o treinador de 1993, 1994 ou até o de 1998. Estuda adversário, fica até altas horas discutindo sistema de jogo, motivando os atletas. Os atletas se sente diante da combinação de Guardiola com a reencarnação de Rinus Michels, treinador da Holanda de 1974. Luxemburgo prega o futebol total. Profundo conhecedor de neurolinguística, ele consegue fazer os jogadores se superarem. Dar o coração em campo. Só que o efeito dura cada vez menos. O Cruzeiro ganhou três partidas seguidas. Flamengo, Atlético Mineiro e Vasco. E depois travou. Atrás de toda pose, o estrategista que trabalha com um afinco impressionante não existe mais. Aos 63 anos, Vanderlei está cansado. Não conseguiu se reinventar. Seus gritos, cobranças ficaram as mesmas. Ele mesmo não entende mais como suas palavras não dão mais efeitos. Não consegue enxergar que hoje, um time de elite precisa ter dois, três esquemas muito bem treinados e colocá-los em prática durante uma partida.


Seus passeios em Atibaia se transformaram em desperdício de dinheiro e energia dos clubes que treina. Os setoristas, jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Cruzeiro, revelam. Ele se tornou um técnico inseguro. Não tem mais convicção. Seus esquemas são mudados sem nenhuma lógica. Suas substituições precipitadas, infantis. Os dirigentes do Cruzeiro queriam sua demissão há pelo menos um mês. O arrependimento de sua contratação não era segredo para ninguém. Mas Gilvan Tavares não poderia passar recibo. Deixar clara a péssima escolha que fez. O presidente do Cruzeiro foi acordado da pior maneira do devaneio. Só acreditou que Luxemburgo não era mais o homem de 2003, o da Tríplice Coroa, de um jeito constrangedor. Quando o Palmeiras eliminou o clube da Copa do Brasil, em pleno Mineirão, começaram não só as vaias e pedidos para o técnico ir bem longe da Toca da Raposa. Torcedores passaram a xingar e ameaçar Gilvan. O presidente não entendia tamanho ódio da torcida do Cruzeiro. Mas as derrotas para o Corinthians por 3 a 0 e ontem, o 1 a 0, para o Santos foram a gota d"água. Finalmente Gilvan percebeu que o time caminhava firme para o rebaixamento. Junto com Vanderlei Luxemburgo, o presidente mandou embora o diretor de futebol, Isaias Tinoco. O dirigente é amigo íntimo, parceiro do treinador. Ele chegou do Rio a pedido do técnico. E não bastasse o clima péssimo com as derrotas, ele ainda comete o desatino de dizer que a torcida cruzeirense é menor que a atleticana em Minas Gerais. Pronto aí foi o caos. Esses pequenos atos ainda têm um peso enorme neste país. Luxemburgo conseguiu a façanha de ser mandado embora por dois clubes no mesmo campeonato. Do Flamengo e do Cruzeiro. Isso porque foram disputadas apenas 22 rodadas. Ainda há tempo para ser contratado e demitido de pelo menos mais três clubes.

Gilvan passou um enorme constrangimento com Vanderlei. O cassino Wynn Las Vegas entrou com processo na justiça brasileira. Ele exige o pagamento de 129 mil dólares, cerca de R$ 466 mil. O cassino tem como prova documento de Luxemburgo se comprometendo a pagar a dívida. Em fevereiro de 2014! Nesta época ele estava desempregado. A revista ESPN publicou, em 2010, uma matéria mostrando que o pôquer seria um dos motivos de sua decadência como técnico. O presidente do Cruzeiro ficou profundamente contrariado quando soube desse vexame público. Além de péssimo trabalho em campo, o técnico expunha o clube por problemas particulares.

A grande pergunta que fica é como grandes ainda acreditam em Luxemburgo? Ele tem dado enorme prejuízo por onde passa. Seu trabalho é cada vez pior. Ele se mostra um homem confuso, inseguro, sem firmeza. Por onde passa deixa terra devastada. Desvaloriza jogadores, patrimônios que custaram milhões. Tudo em nome de uma arrogância sem conteúdo. Seus projetos não são levados mais a sério. Mesmo assim dirigentes o contratam porque sabe que ele atrai mídia. Tira o foco de atitudes lamentáveis. Como a de Gilvan. Desmanchar um elenco poderoso, pouco antes da Libertadores da América, é imperdoável. Lastimável. Demitir Marcelo Oliveira para contratar Vanderlei Luxemburgo foi um atentado ao clube que preside. O Cruzeiro tem o mesmo número de pontos que Goiás e Curitiba, times na zona do rebaixamento.

Assessores do demitido técnico fazem chegar a jornalistas a "informação" que ele pode ir para a China. Treinar uma equipe da Segunda Divisão. E ganhar R$ 30 milhões. Pois que vá. Talvez só mesmo os chineses para acreditar no seu projeto. O futebol brasileiro se cansou de Vanderlei Luxemburgo. Ele, Leão, Joel Santana não perderam espaço por acaso. Ficaram ultrapassados. Tomara que Vanderlei vá para a Segunda Divisão Chinesa. Encerre sua carreira por lá. Apenas reserve uma parte do dinheiro. E pague o cassino de Las Vegas. Tomara que a empresa tenha mais sorte que Edmundo. O ex-jogador emprestou R$ 400 mil ao treinador. Em 1999. Teve de brigar na justiça para reaver a quantia. "Demorou, mas vou receber o meu dinheiro", comemorou o agora comentarista. Ele fez festa apenas no dia 27 de fevereiro de 2015. 16 anos depois do empréstimo. Triste futebol brasileiro...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 31 Aug 2015 19:16:29

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