terça-feira, 29 de setembro de 2015

São Paulo tenta vilanizar Osório. Mostrar que, se for para o México, trairá a diretoria. Abortará o nascimento do São Paulo 2016 que o clube já estava montando. E nem o presidente Aidar sabia...

São Paulo tenta vilanizar Osório. Mostrar que, se for para o México, trairá a diretoria. Abortará o nascimento do São Paulo 2016 que o clube já estava montando. E nem o presidente Aidar sabia...




Palavrões, cara fechada, broncas. Uma estupidez até então desconhecida. Foi assim que Juan Carlos Osório preparou o São Paulo para o confronto de amanhã contra o Vasco. A partida pode valer muito mais do que a classificação do clube às semifinais da Copa do Brasil. Pode estar em jogo seu futuro, ser a despedida de sua desventura no Brasil. E seu acerto com a Seleção do México. Por quê o Lorde deixou sua elegância, boa educação de lado? Não foi assim que ele se comportou desde que chegou ao São Paulo em maio. O que está acontecendo? Simples. Ele é uma pessoa cujo cérebro está recheado de neurônios. Inteligente, percebeu o que a diretoria do São Paulo está fazendo. Carlos Miguel Aidar e o vice Ataíde Gil Guerreiro estão agindo. Os dois dirigentes nos quais assumidamente Osório não confia, decidiram. Querem vilanizar o técnico. Ou seja, passar a pior imagem possível do treinador à torcida e à imprensa, em caso de saída. Ataíde acaba de garantir que está em contato com quatro jogadores indicados por Osório para 2016. A declaração faz os torcedores sonharem. A imprensa sair ligando aos empresários que melhor servem o São Paulo. Ninguém confirma nada. Mas o vice de futebol disse ao UOL que negocia até mesmo sem Aidar ficar sabendo porque ele é "linguarudo". Ataíde Gil Guerreiro é o homem que jurou que não contrataria colombiano para o São Paulo. Nem se fosse Pelé. Ironizou o Palmeiras, garantiu que não repetiria o que o rival fez com Gareca. Mal terminou de falar e trouxe do México, Wilder Guisao, reserva do Toluca. E que não nasceu em Marte. Mas em Apartadó, cidade colombiana. Vale a pena relembrar algumas singelas frases do vice de futebol do São Paulo em abril de 2014.

"Não sei da onde tiraram que temos interesse no Alan Kardec. Não conversei com o jogador, com o pai dele e nem sei quem é seu empresário. Sobre o Wesley, tivemos interesse lá atrás. Agora não tem nada. Nada." E não é que Ataíde contratou os dois? Dizer e se desdizer longo em seguida é algo ridículo em qualquer setor. Menos no futebol. Não há transparência, palavra empenhada. Promessa que necessite ser cumprida. A dívida do São Paulo não para de crescer. Já ultrapassou os R$ 300 milhões. E caminha célere para os R$ 400 milhões. O clube completa um ano e três meses sem patrocinador master. Os bancos sabem da enorme crise financeira das equipes brasileiras. E não estão abertos como no passado para empréstimos.

O São Paulo quer, mas não tem ainda a menor ideia como fazer para contratar Alexandre Pato definitivamente. Ele é apontado como prioridade por Aidar, isso se a vontade do presidente tiver algum peso. De onde sairia o dinheiro? Enquanto isso, Ataíde negocia com quatro misteriosos jogadores indicados por Osório. O que significa essa declaração? Não é nada além de uma maneira de pressionar o colombiano. Deixar claro que seria uma traição ele ir embora depois do jogo contra o Vasco. Afinal, os dirigentes estariam fechando com quatro novos atletas, formando um novo time seguindo suas orientações. "Queremos que o Osório continue, ele sabe disso. Não consigo acreditar que um homem com o caráter dele, com a integridade dele, irá nos enganar dessa maneira. Seus filhos estão matriculados na escola. Se houver alguma proposta, acredito que ele saia apenas no ano que vem, embora nossa vontade é que ele permaneça até dezembro de 2016. Vou falar novamente para ele: se tiver alguma coisa, me avise para não ser surpreendido", enfatizou o dirigente à rádio Jovem Pan. Sobre o fato de o técnico não confiar na direção do São Paulo, o dirigente tentou mostrar autoridade. "Não aceito indisciplina. Se sou gestor e falam que não confiam em mim, imediatamente eu coloco na rua. Ele me procurou na sexta-feira à tarde, pouco tempo após a coletiva e disse que não se expôs corretamente. Falou que estava dizendo apenas sobre a saída de jogadores porque a situação financeira acabou sendo mais importante do que o que havia sido prometido a ele. Comigo não tem brincadeira. Se ele não tivesse me procurado na sequência, teria sido colocado na rua imediatamente", garantiu Ataíde.

Para depois completar de forma magistral. "O Osório só não tem problema comigo. Com todo o resto (da diretoria), ele está brigado." Ataíde conseguiu expor o treinador do São Paulo de uma maneira bizarra. O vice de futebol do São Paulo tentou desconstruir Osório. Se depender de suas palavras, o treinador colombiano já montava um novo São Paulo de 2016, em setembro de 2015. Com jogadores que nem o presidente poderia imaginar que ele negociava. Além disso, o treinador procurou o vice implorando que compreendesse quando disse que não confiava na diretoria. Se referia apenas ao desmanche. E o apresenta aos torcedores e jornalistas como um homem problemático. Capaz de brigar com todos os dirigentes do Morumbi. Menos com Ataíde. Não é para menos que Osório vociferava hoje. Gritava palavrões que o afastavam da imagem de Lorde. Sabe que sua imagem está sendo desgastada pelos dirigentes, nos quais não confia. Para piorar, surgiram no México, rumores que o treinador efetivo da seleção poderá ser escolhido apenas em dezembro. E não nos próximos dias. Assim sendo, não haveria necessidade de demissão no Rio, depois da partida contra o Vasco. Isso se Osório for mesmo o escolhido. O treinador abandonou o português. Parou as aulas e agora só fala, grita e xinga em espanhol. Sua irritação é imensa. Talvez as circunstâncias o obriguem a continuar. Mas só há uma certeza. Ele não é um homem feliz no Morumbi...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 29 Sep 2015 17:05:06

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